07 de julho de 2023
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Carta aberta: reforma tributária

A proposta de reforma tributária aprovada ontem, dia 6 de julho, pela Câmara dos Deputados apresentou alguns avanços em relação à alimentação saudável, um tema muito importante para os que se dedicam à prevenção e ao tratamento da obesidade e de todas as doenças a que essa condição está associada.

Conforme defendemos, foi previsto um imposto seletivo para bens que prejudicam a saúde e o meio ambiente, o que abre espaço para mais tarde, no período de regulamentação, discutirmos uma maior tributação para os produtos alimentícios ultraprocessados. No entanto, infelizmente a vinculação desse imposto para aumentar a arrecadação do Sistema Único de Saúde, o SUS, não foi contemplada no texto.

E o mais preocupante: ficamos sem a garantia de que, adiante, os alimentos saudáveis não terão seus impostos aumentados também. 

Por essa razão, nós, da Abeso, ao lado do Conselho Federal de Nutricionistas, do Serviço de Endocrinologia da Universidade Federal da Paraíba, da Disciplina de Endocrinologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), do Nupens — também da USP —, da Sociedade Brasileira de Diabetes e da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, resolvemos escrever uma carta aberta ao deputado federal Aguinaldo Ribeiro, relator da Reforma Tributária.

Gostaríamos que todos lessem o texto na íntegra. Nele, expomos o alarmante crescimento das doenças crônicas não transmissíveis, com ênfase para a obesidade, que ocorreu paralelamente a mudanças no padrão alimentar dos brasileiros. 

Mostramos, ainda, como o sistema tributário vem permitindo, até o momento, uma isenção de impostos bilionária à indústria de refrigerantes, por exemplo. Ao mesmo tempo, fez com que o custo dos alimentos in natura e minimamente processados aumentasse proporcionalmente em relação ao dos produtos ultraprocessados.

Como está na carta, “o momento de reforma tributária é crucial para a economia, mas também para a promoção de saúde”.

Clique para ler a carta aberta e compartilhe. Precisamos de todos engajados nesse esforço por uma alimentação mais saudável.

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