03 de novembro de 2017
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HIIT: uma opção interessante para a perda de peso e melhora da saúde

*Dr. Marcos Fortes

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda, para adultos entre 18 e 64 anos, pelo menos 150 minutos de atividade física de intensidade moderada (40-60% do consumo máximo de oxigênio (VO2 máx)) ou 75 minutos de atividade física de intensidade vigorosa (60- 85% do VO2 máx) por semana, com o objetivo de melhorar as funções cardiorrespiratórias e musculares, ossos, reduzir o risco de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) e depressão. Para benefícios adicionais de saúde, os adultos devem aumentar a sua atividade de intensidade moderada aeróbia para 300 minutos por semana, ou 150 minutos de intensidade vigorosa por semana, ou uma combinação equivalente de atividade moderada e de intensidade vigorosa. Atividades de fortalecimento muscular devem ser feitas envolvendo grandes grupos musculares em dois ou mais dias por semana.

Todavia, no conjunto das 27 cidades avaliadas pelo VIGITEL 2016, a soma de minutos despendidos em atividades físicas no tempo livre, no deslocamento para o trabalho/escola e na atividade ocupacional, não alcançou o equivalente a, pelo menos, 150 minutos semanais de atividades de intensidade moderada ou pelo menos 75 minutos semanais de atividades de intensidade vigorosa por 45,1% da população adulta estudada, sendo este percentual maior entre mulheres (54,5%) do que entre homens (34,1%). Barreiras frequentemente citadas para engajamento são falta de tempo, baixa motivação e aderência.

Uma das principais vantagens do HIIT, em comparação com o exercício de menor intensidade e mais longa duração, é que o HIIT requer menos tempo para se dedicar ao exercício e, ao mesmo tempo, proporciona benefícios semelhantes ou maiores relacionados à saúde, em comparação com as recomendações normalmente estabelecidas para a atividade física. Como resultado, tem sido teorizado que o HIIT pode derrubar a barreira mais comum citada para a pouca atividade física, que é a “falta de tempo”. Neste sentido, uma metanálise realizada em 2016 revelou que o HIIT é percebido como um exercício mais agradável em comparação com outras modalidades de exercícios, em jovens obesos, o que teria implicações para participação na adesão a este tipo de atividade, o que poderia favorecer maior motivação.

O HIIT envolve estímulos repetidos de exercícios curtos em intensidades altas (~ 90% de consumo máximo de oxigênio (VOmáx)) separados por períodos de recuperação. Sua prescrição consiste na manipulação de variáveis que incluem a intensidade e a duração do intervalo de trabalho; a intensidade e duração do intervalo de repouso, o número de repetições, o número de séries, bem como a duração da recuperação entre séries.

Numerosos estudos já demonstraram maiores benefícios relacionados à saúde com o HIIT em comparação com o treinamento contínuo tradicional de intensidade moderada. Comparado a este tipo de treinamento, o HIIT demonstrou ser superior efetivamente no aumento da capacidade aeróbia e em reduzir os fatores de risco associados à síndrome metabólica, incluindo pressão arterial; à ação de insulina e na síntese de ácidos graxos e triglicérides, em uma variedade de populações de pacientes estudadas, como obesos e diabéticos. Importante ressaltar que pesquisas recentes mostraram que o HIIT pode promover melhorias no controle de glicose e saúde cardiovascular em indivíduos com diabetes tipo 2 (DM2), com efetividade e segurança.

Uma sugestão de protocolo seria de 10 estímulos de um minuto com intensidade entre 85% e 95% da frequência cardíaca de repouso, com um minuto de intervalo ativo ou passivo.

Em conclusão, o presente artigo procurou demonstrar que o HIIT está associado a melhorias na saúde cardiometabólica em homens (jovens e adultos) sedentários eutróficos, com excesso de peso/obesos e diabéticos. O HIIT requer muito menos compromisso de tempo em comparação com treinamento tradicional contínuo, não obstante, provoca muitas das mesmas melhorias na saúde geral. Recomenda-se, ainda, uma avaliação médica prévia para se iniciar um programa de treinamento, seja o mais tradicional ou o HIIT, no sentido de minimizar os riscos à saúde do praticante.

 

* Dr. Marcos Fortes, membro do Departamento de Atividade Física da Abeso

Joana Pereira

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