09 de abril de 2023
  • compartilhar:

A história de Mônica da Paz

O depoimento abaixo faz parte de uma série de textos enviados por pessoas com obesidade e selecionados para a nossa campanha, realizada ao lado da SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Síndrome Metabólica) e da World Obesity Federation

Ele foi enviado por Mônica da Paz, de Petrolina, Pernambuco. Leia a seguir.

“Desde criança era considerada acima do peso em relação às demais. Na adolescência piorou e comprar uma simples blusa era constrangedor, especialmente pelas palavras negativas de minha mãe em relação ao meu peso e de como ficaria feia e inadequada com qualquer indicação da vendedora, o que me deixava mais constrangida diante dos presentes. Pura tortura.

Foi após minha primeira gestação que meu peso aumentou e não voltou ao de solteira. Após a terceira gestação então, aos 37 anos, entrei em um espiral ascendente e, ao ficar acima dos 90,5 quilos, decidi não mais me pesar. 

Foram trinta anos de obesidade com hipertensão arterial, tentativas frustadas de emagrecimento e perda da consciência corporal. 

A pandemia chegou e me atingiu em cheio pelo isolamento social e pelas notícias fúnebres e de ingerência do setor público que a televisão mostrava sem trégua . Fui tomada pelo terror da possibilidade de morte. Sendo do grupo de risco, pior ainda era meu medo. 

Resolvi, então, fazer aulas on-line de ginástica com um personal, melhorar a minha alimentação e, principalmente, expressar o terror que sentia nas sessões, também on-line, de psicoterapia corporal. Decidi não morrer, física e emocionalmente. 

Escolhi não paralisar no medo e ir à luta com todas as armas possíveis. Descobri o amor por mim mesma. 

Quando pude, retornei aos treinos na academia e tem sido uma grande caminhada rumo à saúde e ao envelhecimento com autonomia e alegria de viver. 

Meu corpo vivo, vibrante e em busca de satisfação é guiado pelo  desejo de me sentir melhor comigo mesma. Sou ativa, faço exercícios quase diariamente, preparo  os melhores alimentos para me manter saudável — e como ‘fora da dieta’ se desejar, mas tento manter o equilíbrio em tudo que faço. 

Sinto prazer por me cuidar bem. Voltei a pintar e atualmente faço um curso de pintura que desejei antes e não o fiz. Gosto de assistir a filmes e fazer muito mais coisas agradáveis para mim. Sou alegre, essa é minha natureza. 

Estou em construção constante e quero me tornar o mais longeva que puder com autonomia, viajando, curtindo a vida e emagrecendo sem pressa —  afinal, não engordei em um único dia apenas. 

Estou curtindo a jornada do emagrecimento  e vivenciando a  frase do filme  ‘Procurando Nemo’: continue a nadar, continue a nadar, continue a nadar… Continuo — diariamente, sem cobranças, mas aproveitando a jornada do bem-querer que inclui o emagrecimento.”

veja também

assine nossa newsletter

    nome

    e-mail

    Você aceita as diretrizes desta newsletter

    x

    Aviso de Privacidade - Utilizamos cookies para melhorar a sua navegação e garantir a melhor experiência em nosso site em nosso site. Ao continuar navegando ou ao clicar no botão “ACEITO”, consideramos que você está de acordo com a nossa Política de Privacidade.

    ACEITO