06 de janeiro de 2012
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Obesidade É Nicho de Mercado em Expansão

Obesidade É Nicho de Mercado em Expansão
Por Beth Santos

Assentos cada vez maiores nos transportes e locais de lazer; macas, mesas cirúrgicas adaptadas; vasos sanitários especiais e até caixões projetados especialmente para o público obeso são uma realidade nos setores da indústria e do comércio no mundo atual. Com a incidência da obesidade em alta na maioria dos países, ela já é considerada um nicho de mercado.

O aumento progressivo nas estatísticas de obesidade já fez, na Grã-Bretanha, o sistema de saúde começar a importar dos EUA mesas cirúrgicas adequadas para os obesos. Macas, ambulâncias e guinchos especiais também já foram adquiridos para o transporte desses pacientes.

Scott Kramer, empresário norte-americano, conhece bem o potencial de lucro desse nicho de mercado em contínua expansão. Sua empresa vende vários produtos para o público com obesidade severa. Ele comenta que o primeiro produto que comercializou foi o chamado “Big John”, um vaso sanitário 48 cm maior que o tamanho padrão, suportando 363 quilos.

Kramer comenta que “as pessoas estão ficando mais pesadas no mundo em desenvolvimento, à medida que (os países emergentes) se tornam mais ricos. Enquanto a ingestão calórica dessas pessoas aumenta, o nível de exercícios físicos diminui. A consequência natural é aumentar o peso”.

Do Início ao Fim

O fato é que, aproveitando a demanda crescente desse mercado, as empresas estão tentando suprir as necessidades dos obesos, da infância ao fim da vida. Keith Davis, dono de uma funerária especializada em caixões de grande porte, comenta que “hospitais e institutos de medicina legal não são, geralmente, equipados para obesos. Aí os bombeiros precisam ser acionados para remover o corpo. É importante manter a dignidade nesse momento”.

A ativista para os direitos das pessoas obesas, Catherine Schrodetzki, sabe que há inúmeras oportunidades a serem exploradas nesse mercado específico, e que muitos produtos direcionados para os obesos ainda não se encontram disponíveis para o bolso dos consumidores médios. Ela discorda do argumento de que eles têm que custar mais caro por terem custo mais alto de produção, e reclama da falta de opção, por exemplo, em lojas de roupas. “Estamos falando de 47% da população que hoje estão acima do peso”, argumenta.

Catherine Schrodetzki sugere às empresas que queiram abocanhar uma fatia desse mercado que “olhem para nós, façam pesquisas, falem conosco, descubram por que não estamos comprando em suas lojas”, conclui.

Fonte: BBC

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