14 de outubro de 2020
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O salto desigual da obesidade nos Estados Unidos

Os Centers for Disease Control and Prevention (CDC), nos Estados Unidos, lançaram o seu 2019 Adult Obesity Prevalence Maps , um retrato do problema do excesso de peso nos 49 estados e nos dois territórios americanos, mais o distrito de Columbia.

Como todo ano, os mapas são gerados a partir de informações declaradas pela própria população no Behavioral Risk Factor Surveillance System, pesquisa feita por telefone desde os anos 1980, conduzida pelo próprio CDC e pelos departamentos de saúde de cada estado do país.

O ano de 2019 evidenciou que a obesidade impacta muito mais alguns grupos da população do que outros. Seis estados americanos apresentam uma prevalência de obesidade igual ou maior do que 35% quando é feito um corte para examinar a situação apenas dos indivíduos adultos brancos de origem não hispânica. No entanto, na população hispânica adulta essa alta prevalência de 35% ou mais já é encontrada em 15 estados. E, se olharmos isoladamente para a população negra dos Estados Unidos, vamos notar que 34 estados e ainda o distrito de Columbia apresentam essa porcentagem elevada de pessoas que se declaram com obesidade.

O corte por educação e idade

Quanto maior o nível de escolaridade, menor a prevalência de obesidade — isso os mapas deixam bem claro. Em média, 36,2% das pessoas que não conseguiram completar o equivalente ao nosso Ensino Médio têm obesidade. No entanto, a prevalência cai para 34,3% entre aqueles que pelo menos terminaram esse nível escolar, embora não tenham ingressado na faculdade. Cai um pouco mais, para 32,8%, entre os americanos que não fizeram o curso superior até o fim. E, finalmente, a queda é bem maior — 25% com obesidade — quando fazemos um corte para examinar apenas as respostas de quem pegou o seu diploma universitário.

Em relação à idade, o risco de ter obesidade parece ser até 50% menor entre os jovens adultos em comparação com as gerações mais velhas. A faixa etária dos 18 aos 24 anos apresentou uma prevalência de obesidade de 18,9%, muito mais baixa do que os 37,6% encontrados em adultos de meia-idade, entre 45 e 54 anos. Faz sentido: infelizmente, lá também as pessoas tendem a se tornar mais sedentárias com passar das décadas, sem contar que ficam com mais dificuldade para emagrecer por uma série de fatores fisiológicos associados à maturidade.

Prevalência maior a cada ano

Na média da população, isto é, sem contar o fator racial ou a etnicidade, 35% ou mais dos respondentes adultos se declararam com obesidade em 12 estados americanos. São eles: Alabama, Arkansas, Indiana, Kansas, Kentucky, Louisiana, Michigan, Mississipi, Oklahoma, Carolina do Sul, Tennessee e Virgínia do Oeste. É um salto e tanto, já que em 2018 apenas nove estados americanos estavam nessa situação e, em 2017, eram sete estados.

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