20 de outubro de 2010
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Fita Métrica Revela Risco de Doenças Futuras

Fita Métrica Revela Risco de Doenças Futuras
Por Beth Santos

Que a medida da circunferência abdominal é o melhor parâmetro para diagnosticar a obesidade em adultos já é amplamente conhecido pelos especialistas. Um estudo publicado recentemente pelo International Journal of Obesity mostra que a fita métrica também é o modo mais seguro de indicar, nas crianças, doenças futuras relacionadas à obesidade, como problemas cardiovasculares e diabetes.

A pesquisa estudou 2.188 jovens australianos, entre 7 e 15 anos, participantes, em 1985, de uma campanha sobre saúde infantil. Cerca de dez anos mais tarde, entre 2004 e 2006, já adultos, eles foram atendidos em centros clínicos e seus dados posteriormente analisados.

Segundo o relato do Dr. Michael Schmidt, coordenador do trabalho, após comparar “diversas medidas da composição corporal, descobrimos que a circunferência da cintura parece ser a melhor para prever um risco subsequente”. Até então, o diagnóstico continuava sendo feito pelo cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC).

O pesquisador afirma que “a medida da cintura permite um diagnóstico mais seguro porque o IMC não faz distinção entre gordura e músculo, considerando apenas o peso total do paciente. Estudos prévios já haviam apontado que o acúmulo de gordura nessa região está diretamente relacionado a problemas cardiovasculares. Essa é, provavelmente, a explicação mais forte para as evidências que encontramos”.

Prevenção na Infância
A pediatra Lilian Zaboto, membro do Departamento de Obesidade Infantil da ABESO, explica que “a obesidade central, caracterizada pela circunferência abdominal maior que a circunferência do quadril, está diretamente relacionada a riscos de alterações de colesterol, aterosclerose e riscos de infarto e acidente vascular cerebral (AVC) na vida adulta”.

Segundo a especialista, isso se aplica também aos pequenos, “pois os estudos demonstram que a criança obesa tem 80% de chance de se tornar um adulto obeso e este risco é maior quanto maior for a obesidade e quanto mais velha for a criança”.

Lilian Zaboto esclarece que “outra importância da medida da circunferência abdominal é em relação à Síndrome Metabólica, caracterizada por um conjunto de sintomas associados à obesidade central (ou obesidade abdominal). Ela afirma que “a criança que apresenta Síndrome Metabólica corre riscos de desenvolver doenças da vida adulta como diabetes Tipo 2, infarto do miocárdio ou derrame (acidente vascular cerebral)”. E conclui: “prevenir a obesidade na infância continua sendo a melhor maneira para evitar doenças metabólicas e coronarianas na vida adulta”.

Se a medida da cintura de uma criança ou adolescente estiver 25% acima dos parâmetros normais para a idade, o jovem terá cerca de seis vezes mais chances de desenvolver Síndrome Metabólica no começo da vida adulta.

Leia Mais:
Campanha: Obesidade Infantil como Tema

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