21 de dezembro de 2015
  • compartilhar:

Desreguladores endócrinos e o impacto na epidemia de obesidade

Desreguladores endócrinos contribuem para a epidemia de obesidade?

Durante anos, os americanos foram informados de que eles comem demais e se exercitam muito pouco, e este seria, exclusivamente, o fator que fez com a obesidade se tornasse uma epidemia. Não se pode negar que esses dois fatores ainda são de importância vital, mas o que se discute e estuda é que pode haver mais coisa acontecendo em paralelo. Esse foi o tema de uma palestra de Deborah Kurrasch, PhD, professora asistente da University of Calgary, Alberta, durante o Endocrine Society Hormones & Health Science Writers Conference, em Nova York.

Muito se discute sobre os efeitos prejudiciais de produtos químicos de desregulação endócrina nos sistemas reprodutivos femininos e masculinos – incluindo associação para cânceres relacionados a hormônios, como os de próstata e de tireóide – e em problemas cognitivos e comportamentais, como déficit de atenção/hiperatividade e autismo.

Mas tem se intensificado o número de estudos relacionando o papel desses produtos químicos nas taxas crescentes de obesidade e diabetes nos Estados Unidos ao longo das últimas três décadas.

Enquanto o bisfenol A (BPA) é o "garoto-propaganda" de produtos químicos de desregulação endócrina, hoje, sabemos que existem 13 tipos de bisfenóis e mais de 100 produtos químicos de desregulação endócrina que poderiam interferir nos sistemas hormonais, seja imitando hormônios ou bloqueando a sinalização hormonal normal.

Produtos químicos como BPA têm uma estrutura molecular semelhante aos hormônios endógenos humanos e, portanto, podem ser confundidos como tal pelo corpo humano, explicou a especialista. Como essas moléculas podem facilmente atravessar as membranas, como a placenta, poderiam atuar sobre receptores hormonais fetais.

Um grande problema com BPAs é que são moléculas ligantes para formar plástico duro. A exposição, repetida vezes, ao calor e luz solar quebraria essas moléculas, permitindo que contaminem a comida e a bebida ingerida por seres humanos.

A indústria tem evitado o uso de BPAs, mas substituído por outras moléculas, que podem ter o mesmo efeito, para as quais há menos estudos.

A proposta de Deborah Kurrasch é que se aprofunde o debate, para que a comunidade científica e a indústria estudem juntas novas possibilidades, a fim de encontrar um caminho mais seguro.

veja também

assine nossa newsletter

    nome

    e-mail

    Você aceita as diretrizes desta newsletter

    x

    Aviso de Privacidade - Utilizamos cookies para melhorar a sua navegação e garantir a melhor experiência em nosso site em nosso site. Ao continuar navegando ou ao clicar no botão “ACEITO”, consideramos que você está de acordo com a nossa Política de Privacidade.

    ACEITO