01 de novembro de 2017
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Comer sozinho pode levar a aumento de peso e síndrome metabólica

Entre os homens, a chance de desenvolver obesidade chega a ser 45% maior do que entre
aqueles que costumam fazer suas refeições acompanhados

 

A população que vive sozinha está aumentando ao longo dos anos. Somente no Brasil, este número aumentou de 6,9 milhões, em 2010, para mais de 10 milhões em 2014, segundo a Síntese de Indicadores Sociais de 2015 e o Censo Demográfico 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em números absolutos, estes dados indicam que, em quatro anos, o número de pessoas que passaram a viver sozinhas no país aumentou em 692 milhões, sobretudo formada por indivíduos com mais de 60 anos (43,4%).

O estudo Eating alone and metabolic syndrome: A population-based Korean National Health and Nutrition Examination Survey 2013–2014, publicado na Obesity Research & Clinical Practice, faz um alerta especialmente voltado a estas pessoas: realizar refeições sozinho aumenta em 45% as chances do homem desenvolver obesidade e os faz 64% mais propensos a desenvolver a síndrome metabólica, um conjunto de condições, como  hipertensão arterial, nível elevado de açúcar no sangue, excesso de gordura abdominal e níveis de colesterol anormais, que aumentam o risco de doença cardíaca, acidente vascular cerebral (AVC) e diabetes. No caso das mulheres, os prejuízos são menores, mas também importantes no caso da síndrome metabólica, podendo elevar as chances de desenvolvimento em até 29%.

Realizado na Coreia do Sul com 7.725 adultos com 19 anos ou mais, que participaram da Korean National Health and Nutrition Examination Survey (KNHANES) 2013–2014, o estudo buscou a associação entre comer sozinho e síndrome metabólica diante da falta de informações sobre o tema na literatura médica. O objetivo era avaliar se realizar as refeições sozinho pode também ser incluído como mais uma preocupação da vida moderna.

Para a análise, os pesquisadores da Dongguk University Ilsan Hospital, em Seul, na Coreia do Sul, verificaram se as refeições realizadas sem companhia aconteciam nenhuma vez ao dia, uma vez ao dia ou duas ou mais vezes ao dia.

As porcentagens de indivíduos com síndrome metabólica encontrada entre os participantes foi de 30,4% dos homens e 24,2% das mulheres. Verificou-se, então, que 20,8% dos homens e 29,2% das mulheres, que comeram sozinhos duas vezes ou mais ao dia eram aqueles que viviam sozinhos, sem cônjuge. Em comum, também compartilhavam o hábito de ignorar refeições e realizar menos refeições ao dia.

Comer sozinho duas vezes ou mais foi significativamente associado ao aumento da obesidade abdominal e síndrome metabólica especialmente entre os homens. Assim, os pesquisadores fazem um alerta de que, embora mais estudos sejam necessários sobre o tema, há indícios de que comer sozinho pode ser um fator de risco potencial para a síndrome metabólica e obesidade.

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