20 de maio de 2016
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Adolescentes em bairros menos favorecidos: mais probabilidade de serem obesos

Adolescentes que vivem em bairros desfavorecidos enfrentam um maior risco de obesidade e reduzida capacidade cognitiva, indica uma nova pesquisa. Além disso, meninas adolescentes, em ambientes mais desfavorecidos, são mais propensas do que os meninos a se tornarem obesas.

O autor, Steven Elías Alvarado, da Cornell University, do estado de Nova York, faz alguns questionamentos: "Será que o bairro tem um parque infantil? Existe uma biblioteca? Existem influências sociais para escolha dos alimentos corretos? Todas essas coisas formam a estrutura de oportunidades para as crianças se desenvolverem física e cognitivamente", considera.

Alvarado está entre os primeiros a oferecer evidência empírica de uma teoria de longa data que sugere bairros têm uma maior influência sobre as crianças à medida que envelhecem, porque as crianças interagem mais frequentemente com as pessoas e instituições naquele bairro à medida que ganham a independência de suas famílias.

Em seu estudo, Alvarado descobriu que o risco de obesidade foi maior para os jovens que viviam em um bairro desfavorecido entre as idades de 11 e 18 em comparação com aqueles com idades entre dois e 10 anos. Eles são 45% mais propensos a ser obesos em comparação com crianças (de 2 a 10) que vivem em bairros mais favorecidos. As meninas que viviam nos bairros mais desfavorecidos foram 33% mais propensas a serem obesas do que os rapazes nos bairros mais favorecidos.

Em ambos os estudos, Alvarado analisou dados nunca antes utilizados da Pesquisa Longitudinal Nacional da Juventude, que inclui informações sobre o nível de escolaridade, emprego, renda, saúde, história conjugal e procriação e locais de setores censitários dos pais e seus filhos. Especificamente, teve um olhar para dados como altura, peso, notas em leitura e matemática e comportamento de quase 11.500 crianças que estavam entre as idades de 2 e 18, em algum momento entre 1986 e 2010.

A pesquisa pode fornecer dados para tomadas de decisões políticas com uma nova arma eficaz na luta contra as disparidades de saúde e cognitivas, acredita o autor. “Reformas em praças, investindo em brinquedos que usem esforço físico, programas de tutoria seriam algumas das ações que poderiam ser tomadas para beneficiar a todos”, aposta.

Mais detalhes sobre o estudo >>> http://goo.gl/cBazTu

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