03 de abril de 2023
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A história de Luanda Reis da Silva

O depoimento abaixo faz parte de uma série de textos enviados por pessoas com obesidade e selecionados para a nossa campanha, realizada ao lado da SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Síndrome Metabólica) e da World Obesity Federation

Ele foi enviado por Luanda Reis da Silva, de Alagoinhas, na Bahia. Leia a seguir.

“Tenho obesidade desde a infância e, assim como outras tantas pessoas, já vivi diversos processos em busca do emagrecimento, acreditando que essa seria a solução para TODOS os meus problemas. 

Durante esses processos, desenvolvi compulsão alimentar e disfunção de imagem. Então, precisei buscar acompanhamento com diversos profissionais. Nessa jornada, tive acesso à minha primeira sessão de terapia e o autoconhecimento foi decisivo para eu estar aqui hoje. 

Em 2021, fiz a cirurgia bariátrica e tinha certeza que essa seria a solução de tudo. Não tinha dúvida quanto a isso. Mas, aí, os novos desafios começaram: um novo corpo com flacidez chegou e, ainda, tonturas, entalos, dumping…

Precisei repensar minha forma de comer, a minha mastigação teve de mudar e a escolha dos alimentos, também. 

Surgiu, então, uma nova consciência sobre a minha trajetória, a qual vem mudando a minha relação com a comida e com o meu corpo. Decidi fazer a cirurgia a fim de deixar para trás o diabetes, a hipertensão e a esteatose hepática que me acompanhavam desde os 17 anos. E agora, aos 32, estou redescobrindo prazeres, despertando para a ideia de que meu corpo é único — e de o corpo ideal, na verdade, é aquele que está em movimento e sendo cuidado.

As tais novas escolhas alimentares passaram a ser mais naturais. Tenho conseguindo quebrar ciclos de compulsão alimentar, o que tem sido uma das minhas maiores vitórias. Consigo sempre? Não, porém tem sido menos dolorido. 

A atividade física passou a ocupar um lugar de destaque. Lá atrás, praticar atividade física era o mesmo que buscar um corpo magro. Hoje, sei que meu corpo precisa do movimento para ter um sono melhor, para sentir menos dores pelo excesso de horas em que fico sentada trabalhando, para diminuir a ansiedade, para eu ser uma pessoa ativa. O nosso corpo é potência e foi feito para estar em movimento.

Portanto, diria que viver com obesidade é tomada de consciência e acolhimento constantes.

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