09 de abril de 2023
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A história de Brígida Rocha

O depoimento abaixo faz parte de uma série de textos enviados por pessoas com obesidade e selecionados para a nossa campanha, realizada ao lado da SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Síndrome Metabólica) e da World Obesity Federation

Ele foi enviado por Brígida Leal Rocha, de Sorocaba, no interior paulista. Leia a seguir.

“Viver com obesidade não é apenas uma luta diária… É uma busca constante —  de paz mental, de rede de apoio e de profissionais sérios.

É me sentir culpada por qualquer coisa errada que aconteça e me isolar porque serei julgada — não só em academias, mas em qualquer lugar que eu vá.

É ter que conviver com pessoas que fazem piadas e desacreditam em todos os meus esforços. E muitas vezes isso acontece na própria família — e por parentes que também são obesos!

É sempre ter que argumentar com médicos que uma crise de sinusite e outros problemas não aconteceram por causa do meu excesso de peso.

É, ainda, uma busca…

Não é fácil encontrar um exercício que seja prazeroso e que as pessoas ao redor (na academia ou na própria casa) não me julguem.

Não é fácil encontrar psicólogos que tenham empatia, me escutem e me ensinem a lidar com questões emocionais.

Não é fácil encontrar médicos que me entendam e me acolham. É consulta atrás de consulta, repetindo toda a minha história de vida para escutar que não devo comer pão e que meu lanche da tarde deve ser uma  maçã pequena.

A recompensa…

A luta e a busca, porém, trazem resultados se eu insistir.

Até perceber que consigo ser constante fazendo exercícios em casa, com meu marido me apoiando e sem ninguém me olhando de cara feia.

Até conhecer uma psicóloga que me orienta para eu entender meus sentimentos e que me ensina a lidar com eles.

Até aprender a me afastar de pessoas que me olham como se eu fosse simplesmente um amontoado de quilos e me apegar a quem me incentiva e quer me ver bem.

Até encontrar uma médica que acredita no que eu falei. Inclusive em momentos sutis, como quando vou me pesar. Em vez de ela me acompanhar até a balança com uma postura intimidadora, eu vou sozinha e falo o peso, porque ela confia em mim.

Até entender que, graças a todas essas pessoas, eu sou capaz de fazer o que eu quiser, ter bons hábitos de alimentação, fazer exercícios. E, por causa dessa rotina, não preciso viver preocupada com o IMC e o peso na balança.

Agora eu me sinto viva e feliz!

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