17 de fevereiro de 2017
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Poluição do ar estaria relacionada ao aumento de peso e risco de diabetes tipo 2 em crianças

Um novo estudo mostra que, entre as crianças latinas obesas e desfavorecidas, maior exposição à poluição do ar estava associada a um efeito adverso nos marcadores de homeostase de glicose que refletem o risco de diabetes tipo 2.

Especificamente, neste estudo de crianças com idade entre 8 e 15 anos e seguidas por uma média de 3,5 anos, a exposição a níveis mais elevados de poluição atmosférica estava ligada à menor sensibilidade à insulina, à diminuição da função das células beta e a um maior índice de massa corpora(IMC) aos 18 anos – independente do excesso de peso inicial.

O estudo da Universidade do Sul da Califórnia (USC), Los Angeles, foi publicado no periódico Diabetes.

Estudos anteriores relataram que a poluição do ar, relacionada ao tráfego, pode contribuir para o desenvolvimento da obesidade e diabetes tipo 2, no entanto, não se sabia se a exposição a longo prazo a níveis elevados de dióxido de nitrogênio e partículas minúsculas (<2,5 μm) de matéria teriam um efeito adverso sobre a sensibilidade à insulina e a função das células beta em crianças com alto risco de desenvolver diabetes.

Para investigar isso, os pesquisadores examinaram dados de 314 crianças latinas que moravam em Los Angeles, não tinham diabetes e tinham excesso de peso ou obesidade (IMC> 85 percentil) quando se inscreveram no Air Study no Centro de Pesquisa sobre Obesidade Infantil (CORC). As crianças tinham idade média de 11 anos; 58% eram meninos e 66% estavam em pré-puberdade ou puberdade precoce. Eles tiveram exames físicos anuais e testes para determinar a tolerância à glicose, sensibilidade à insulina e função das células beta (resposta insulínica aguda à glicose, sensibilidade à insulina). Os pesquisadores também determinaram o status socioeconômico das crianças e estimaram a quantidade de poluição atmosférica a que haviam sido expostos a cada mês no ano anterior.

A maior exposição à poluição do ar ambiente foi associada com efeitos adversos sobre a homeostase da glicose, após ajuste para sexo, estágio de puberdade, status socioeconômico, porcentagem de gordura corporal e ano de entrada no estudo.

Por exemplo, aos 18 anos, uma diferença de 4 μg / m3 na exposição a longo prazo a pequenas partículas de ar foi associada com um nível de insulina em jejum 27% mais alto (P = 0,01) e um nível de insulina 37% mais elevado no teste oral de tolerância à glicose (P = 0,007) – indicando menor responsividade à insulina.

E, aos 18 anos, a exposição crônica a uma exposição de maior que 5-ppb de óxido de nitrogênio foi associada a uma função 13% menor de células beta (p = 0,04). A maior exposição à poluição do ar também foi associada a um aumento mais rápido do IMC e da adiposidade central nessas crianças já com sobrepeso ou obesas.

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