06 de julho de 2016
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Indivíduos geneticamente suscetíveis à obesidade podem se beneficiar de uma dieta rica em gordura poliinsaturada

Um estudo que acompanhou 744 pessoas durante dois anos sugere que pode haver melhora nas funções das células beta e na resistência à insulina em indivíduos com sobrepeso ou obesos, não diabéticos, e que são geneticamente suscetíveis à obesidade.

Os resultados, preliminares, foram apresentados pelo professor assistente Tao Huang, da Universidade Nacional de Cingapura, em 11 de junho, durante a 76ª Sessão Científica da American Diabetes Association, realizada em New Orleans.

Os dados levam para o entendimento de que uma dieta como a mediterrânea – rica em gordura poli-insaturada – seria especialmente benéfica para as pessoas que têm um maior número de variantes genéticas associadas à obesidade, impedindo que houvesse uma progressão para o desenvolvimento de pré-diabetes e diabetes tipo 2.

O Score de Risco Genético foi calculado com base em 32 variantes associadas ao diabetes. Foram avaliadas as mudanças na resistência à insulina e na função das células beta durante dois anos. Segundo os resultados, a gordura poliinsaturada interagiu de maneira significativa com a insulina de jejum e no Modelo de avaliação da Homeostase.

Para os pesquisadores, intervenções dietéticas têm demonstrado eficácia na melhoria da resistência à insulina e na função das células beta. No entanto, pouco se sabe sobre se a susceptibilidade genética geral para a obesidade modifica os efeitos dietéticos.

“Este é um exemplo de como o teste de DNA pode conduzir a medicina personalizada, ou neste caso, uma dieta personalizada”, afirmou Dr. Huang.

Mas é preciso ter cautela. Para Mary Beth Weber, professora assistente da Global Diabetes Research Center – e que moderou a apresentação –  “ainda não estamos neste patamar, clinicamente falando”. "A menos que tenhamos muito certa a ligação entre o gene e o resultado, algo como o BRCA  e os cânceres de mama e de ovário”, acrescentou.
Entretanto, ela concorda que o estudo contribui para o conhecimento já compreendido que relaciona a dieta mediterrânea de baixas calorias e alto teor de gordura poliinsaturada.

Entre os indivíduos estudados, 60% eram mulheres, com médias de 51 anos e IMC de 33.

Saiba mais: http://goo.gl/87cxXJ

 

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