10 de abril de 2014
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Infância

De acordo com um novo estudo publicado esta semana no periódico JAMA Pediatrics, o declínio das taxas de obesidade infantil não passaria de uma ilusão.
Os pesquisadores analisaram dados de mais de 26 mil crianças e adolescentes de 2 a 19 anos de idade, nos Estados Unidos, que participaram do National Health and Nutrition Examination Survey. Eles descobriram que as taxas de crianças com sobrepeso e obesidade têm sofrido uma tendência ascendente desde 1999, com aumentos significativos, visto recentemente pelo número de crianças gravemente obesas.
As taxas de obesidade infantil grave mais do que dobraram em 15 anos, de acordo com o estudo. Entre 1999-2000, menos de 1% das crianças estavam na categoria obesidade Classe 3 – o que significa que tinham um índice de massa corporal 140% maior do que os seus pares. Entre 2011 e 2012, 2,1 % das crianças estavam nesta categoria. Um adicional de 5,9% preencheram os critérios para a classe 2.
Os riscos associados com esse peso extra são assustadores. Crianças obesas são mais propensas a ter níveis elevados de colesterol, pressão arterial elevada e diabetes tipo 2 mais tarde na vida, de acordo com os Centros para Controle e Prevenção de Doenças. Outros problemas envolvidos: risco de problemas ósseos e articulares, apnéia do sono e problemas psicológicos devido à baixa auto-estima . Estudos mostram que crianças e adolescentes obesos provavelmente permanecerão obesos quando adultos.
O índice de massa corporal para as crianças é calculado um pouco diferente do que para adultos. São considerados altura e peso, que determinam o percentil a fim de verificar se a criança tem peso “normal”, “sobrepeso” ou é “obesa”. A maioria dos pais está familiarizada com os percentis. Uma criança de peso saudável está entre o percentil 5 e 85. Uma criança com excesso de peso está entre o percentil 85 e 95; e uma criança obesa está acima do percentil 95. Os pesquisadores classificam a gravidade da obesidade em níveis ou “classes”. 
Os pesquisadores descobriram que todas as classes de obesidade infantil têm aumentado ao longo dos últimos 15 anos. Os aumentos mais significativos foram vistos nas entre meninas do ensino fundamental e nos adolescentes do sexo masculino. Quando divididos por raça, as taxas de obesidade foram maiores para as meninas hispânicas e brancas, e meninos afro-americanos.
Algumas semanas atrás, um outro estudo do JAMA concluiu as taxas de obesidade em crianças pré-escolares diminuíram significativamente ao longo da última década. Os autores do estudo usaram dados da mesma pesquisa, mas os resultados foram diferentes. Por quê?
A palavra chave é “década , respondeu um dos autores do estudo
Foi considerado, no outro estudo, um período mais curto, enquanto que o último estudo analisou um período mais longo. Os pesquisadores dizem que houve um período de subida, de estabilização e de queda. Dependendo o período de abrangência do estudo pode parecer que houve queda, enquanto na verdade houve uma ligeira tendência ascendente, defendem os pesquisadores. 
Mais em JAMA PEDIATRICS 

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