31 de julho de 2012
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Marca-Passo Cerebral Contra Obesidade Será Testado no Brasil

Marca-Passo Cerebral Contra Obesidade Será Testado no Brasil


Um marca-passo cerebral será testado, pela primeira vez no Brasil, para obesidade mórbida e depressão. Em parceria com o Ministério da Saúde (MS), os estudos serão feitos pela equipe do Centro de
Neurociência do Hospital do Coração (HCor Neuro), em São Paulo.

O aparelho já é usado, há décadas, no controle de sintomas da doença de Parkinson, mas os estudos para o tratamento de obesidade e depressão devem ser realizados pelos próximos três anos, como parte dos projetos de filantropia do HCor.

Os responsáveis pelo estudo são os neurocirurgiões brasileiros Alessandra Gorgulho (vice-diretora do HCor Neuro) e Antônio De Salles (diretor do Centro de Neurociência). Ambos estão de volta ao Brasil após uma longa temporada nos Estados Unidos, onde são professores de neurocirurgia na Universidade da Califórnia, em Los Angeles.

Os trabalhos serão baseados na estimulação elétrica. O HCor Neuro vai verificar o potencial da estimulação cerebral profunda para obesidade mórbida. Assim, os pacientes terão implantado um marca-passo cerebral para realizar estimulações com baixa intensidade.

Fome e Saciedade

Segundo Alessandra, o equipamento vai ser usado para estimular o hipotálamo ventromedial, uma região de 2 mm do cérebro também ligada à fome e à saciedade.

De acordo com a cientista, em uma fase anterior do estudo, o aparelho foi implantado em porcos. Somente quatro de oito animais tiveram o marca-passo ligado. As cobaias receberam, então, o dobro da ração usual. No final, com exceção de um espécime, eles comeram todo o alimento, mas aqueles que tinham o aparelho em funcionamento não engordaram.

“Isso indica que o estímulo elétrico acelerou o metabolismo, fazendo eles emagreceram sem precisar comer menos”, afirma a Dra. Alessandra.

Ela acrescenta que a primeira fase do estudo tem previsão para começar em janeiro de 2013. Até agosto, espera-se ter implantado o equipamento em seis pacientes com obesidade mórbida. Se tudo der certo, os pesquisadores devem iniciar a fase 2 no ano seguinte. O projeto é ter outros oito pacientes – todos terão o implante, mas em quatro ele não será ligado.

Já para o tratamento da depressão, a pesquisa vai testar a eficácia dos impulsos elétricos no nervo trigêmeo. Os eletrodos serão colocados sob a pele do paciente, na altura da testa, e conectados ao marca-passo na região infraclavicular.

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