22 de outubro de 2010
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Cresce Percentual de Buscas sobre Saúde na Internet

Cresce Percentual de Buscas sobre Saúde na Internet
Por Beth Santos

Confirmando que o paciente de hoje assume, progressivamente, uma postura mais ativa nas questões que envolvem cuidados com a saúde, levantamento do Comitê Gestor da Internet revela que 39% dos internautas usam a rede para procurar informações sobre o assunto. Quando se considera apenas aqueles com nível superior, o percentual sobe para 60%.

Pesquisa realizada, em parceria, por duas entidades norte-americanas ligadas ao assunto – Pew Research Center’s Internet e California Health Care Foundation – mostrou que 60% dos adultos dos EUA fazem buscas sobre saúde na internet e 60% afirmam que os resultados encontrados acabam exercendo influência sobre o tratamento da doença.

Segundo as empresas parceiras, buscar informações de saúde envolve, nos EUA, uma larga rede de fontes, online e offline. Se no passado as pessoas se reportavam a um profissional de saúde, à mãe ou aos amigos, nos tempos atuais elas têm acesso a blogs, redes sociais, podcasts etc.

O fato é que, de acordo com o levantamento das duas entidades norte-americanas, muitos internautas também conversam sobre saúde com pessoas e fontes offline. Ou seja, o público, mesmo conectado ao mundo online, continua a recorrer às fontes tradicionais de informação. Quando precisam de informação (ou assistência) em saúde e assuntos médicos, 86% dos norte-americanos consultam profissionais de saúde, 68% trocam ideias com um amigo ou membro da família, enquanto 57% utilizam a internet e 54%, livros ou outros impressos.

A realidade brasileira, segundo revelam os estudos, é um pouco diferente. Pesquisa da Faculdade de Saúde Pública da USP, via web, sobre os hábitos dos pacientes na internet mostra que 83% afirmaram buscar informações sobre saúde na internet; 85% disseram que voltam a fazer pesquisas online mesmo depois da consulta médica; e que 50% dos médicos reagem mal se o paciente traz informações prévias.

Sobre Obesidade
Trabalho de 2009 da pesquisadora Emília Vitória da Silva, da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília, concluiu que há poucas informações sobre obesidade na internet, a maioria delas errada. Entre os sites considerados confiáveis sobre o assunto, estava o da ABESO.

Ao estudar os sites selecionados para análise, Emília da Silva verificou se o material publicado tinha identificação do autor, da instituição responsável, data de elaboração do material e bibliografia. Ela atribuiu uma pontuação a cada um desses itens e o resultado não foi dos melhores: somente 39% dos sites informam quem é o autor e 69% indicam qual é a instituição responsável pelos trabalhos citados.

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