31 de agosto de 2009
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Exercício Vai Além da Queima de Calorias

Exercício Vai Além da Queima de Calorias
Por Beth Santos

Estudo apresentado recentemente, durante a 24ª Reunião Anual da Federação das Sociedades de Biologia Experimental (Fesbe), mostra que a atividade física pode restaurar a sensibilidade dos neurônios envolvidos no controle da saciedade, o que contribuiria para a redução da ingestão alimentar e, consequentemente, do peso corporal.

O trabalho (“Sistema nervoso central e o controle da ingestão alimentar: o papel do exercício físico”) apresenta evidências de que mamíferos obesos podem apresentar falhas – determinantes para a prevalência da obesidade – na transmissão de sinais em neurônios que controlam a saciedade. Até agora se achava que somente porque a atividade física aumentaria o gasto energético é que provocaria a diminuição do peso.

O estudo foi realizado pelo pesquisador Eduardo Rochete Ropelle, da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Campinas (Unicamp) e do Instituto de Obesidade e Diabetes. Ele comenta que o papel do exercício vai além da simples queima de caloria. “Pode causar uma melhora no sistema nervoso, controlando a saciedade e diminuindo o apetite. Em outras palavras, é possível que a atividade física controle o outro lado da balança”.

O pesquisador explica que o trabalho sobre atividade física é um projeto paralelo a sua tese de doutorado, intitulada “Caracterização da transmissão do sinal da insulina e da leptina no hipotálamo de ratos com tumor de Walker 256”. Ele comenta que, até agora, se acreditava que o gasto energético provocado pela atividade física seria a arma principal para combater e tratar a obesidade. “O que propomos’, comenta, ‘é que, além de promover o gasto energético, o exercício físico também é capaz de modular esses hormônios no sistema nervoso central”.

Inteiramente experimental, a pesquisa ainda não foi testada em humanos. Algumas evidências mostram, segundo o autor, que em seres humanos o exercício físico pode alterar o comportamento alimentar, “mas a avaliação é mais complexa”. Os resultados apresentados são inéditos na literatura científica, segundo Ropelle, e foram submetidos para publicação na revista Nature Neuroscience.

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