04 de julho de 2015
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Férias é tempo de brincar: vamos nos ligar e desligar o celular!

Dra. Maria Edna de Melo*

Nos últimos anos as crianças e adolescentes estão se distanciando das brincadeiras. Inicialmente, foram os programas de TV, depois o videogame, o computador e hoje os smartphones e tablets agudizaram o problema. Estes pequenos aparelhos conectados a internet móvel fazem parte da rotina de muitas crianças e adolescentes, o que aumenta drasticamente o tempo de tela, um importante indicador de sedentarismo. Isso pode ser até mais prejudicial que simplesmente não praticar exercícios. Dessa forma, é importante limitar o tempo de tela a não mais que 2 horas por dia. E, por mais bonitinho que seja, crianças com menos de 2 anos de idade não devem ser expostas às telas. Tais recomendações desenvolvidas pela American Academy of Pediatrics visam uma melhor saúde geral, prevenindo doenças na infância e na vida adulta.

No Brasil, em 2013 o tempo de tela médio foi estimado em 3,5 horas por dia! Mas, é bom lembrar que a disseminação dos smartphones e tablets ocorreu exatamente nestes últimos anos. Em outros países, como Inglaterra, Portugal e Estados Unidos, o tempo que as crianças ficam de frente para as telinhas também fica acima do recomendado.

O tempo de tela favorece o aumento da obesidade e, conseqüentemente o aparecimento das doenças relacionadas. Além do menor gasto energético, ficar paradinho olhando para a tela está associado a um maior consumo de alimentos calóricos e menor consumo de frutas, verduras e legumes. E estes são exatamente os hábitos de vida que não devemos ter.

É fundamental que os pais conversem com os filhos e expliquem a importância de se limitar o tempo de tela. Quem ama, cuida.

Algumas dicas para reduzir o tempo de tela das crianças e adolescentes:

  • O quarto é lugar para dormir: não deve ter TV nem computador – isso melhora o sono, além de reduzir o tempo de tela
  • Durante as refeições não usar celular e nem assistir TV
  • Fazer o controle do tempo de tela em conjunto com o filho, tentando não ultrapassar o limite de duas horas diárias
  • Proporcionar outras atividades, como escutar música, brincadeiras e jogos de tabuleiro, por exemplo
  • Os filhos tendem a imitar os pais, assim é importante que os próprios pais coloquem em prática as dicas acima, dando o exemplo.

*Dra. Maria Edna de Melo é diretora da Abeso, médica Assistente do Grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica do HCFMUSP

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