25 de março de 2025
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Cuidados a gestantes com diabetes

O Ambulatório de Diabetes na Gestação da Policlínica Universitária Piquet Carneiro, da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro, é referência. Por isso mesmo, toda terça-feira acaba recebendo muitas gestantes, inclusive de outros municípios, para uma consulta com o endocrinologista ou com a nutricionista Carolina Vasconcellos, que foi trabalhar nesse serviço em 2022. 

Mal passou a atuar ali e ela logo pensou: por que não usar o espaço da sala de espera para otimizar esse cuidado? “Afinal, eram mulheres com vivências parecidas porque ou tinham descoberto o diabetes durante a gestação ou já apresentavam essa condição antes mesmo de engravidar. Elas precisavam de um acompanhamento mais amiúde”, diz Carolina. “E reparei que tinham várias dúvidas em comum, relacionadas à gestação às voltas com o controle da glicemia ou com a alimentação.”

Segundo a nutricionista, 48,6% tinham algum grau de obesidade. E 40,5%, sobrepeso. O quanto será que isso poderia impactar os nove meses de espera? Afinal de contas, esse período é reconhecido como uma janela de oportunidade para mudanças de hábitos. Daí, conversando com uma das três endocrinologistas do ambulatório, a médica Fernanda Braga, veio a ideia de aproveitar o momento antes das consultas individuais, ensinando e discutindo algum tema.

Na sala de espera

Em geral, as mulheres começam a chegar cerca de uma hora antes do início dos atendimentos, às 13h. Até porque muitas pegam a estrada até o Rio de Janeiro e têm medo de atrasos.

Desde 2023, quando o relógio marca 12h30, este é o momento do bate-papo. De vez em quando, a turma sai da sala de espera e invade a recepção, onde há uma televisão. Assim, é possível exibir algumas imagens. Nessas horas, quem passa costuma se sentir animado a entrar na roda de conversa também. No fundo, os assuntos cativam todo mundo com interesse em saúde.

“No último ano, discutimos trocas valiosas na alimentação, mostrando como pequenas mudanças já podem fazer muita diferença para a saúde”, exemplifica. “Também ensinamos como ler rótulos, pontuando no que elas deveriam prestar ainda mais atenção. Discutimos diabetes e bem-estar, para dar outro exemplo, abordando a questão do sono e do controle da ansiedade.”

Além de Carolina e das três médicas responsáveis pelo serviço, participam uma enfermeira e uma bolsista, que é graduanda em Nutrição.  Às vezes, juntam-se ao grupo arte educadoras que normalmente ficam na brinquedoteca da Policlínica, a qual recebe crianças com diabetes tipo 1.

Na Páscoa, as futuras mamães se envolveram com o tema consumo de chocolate — claro, aprendendo como ele poderia entrar em uma rotina saudável.  E, no final, levaram para casa uma guirlanda que produziram ali mesmo, orientadas pela brinquedista.

“É muito interessante criar um espaço para falar de saúde sem aquele peso de ficar fazendo palestra aos pacientes ou de só ditar regras”, observa Carolina. Que mais salas de espera sejam usadas assim, para informar as pessoas de maneira tão simpática e humanizada!

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