18 de fevereiro de 2011
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Sibutramina: ABESO Contrária à Retirada do Mercado

Sibutramina: ABESO Levará à Anvisa Posicionamento Contrário à Retirada do Mercado.
Por Cintia S. Castro

Na próxima quarta-feira, dia 23 de fevereiro, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) realiza uma audiência pública para discutir o cancelamento do registro de fármacos cuja substância inclua a sibutramina, e também dos anorexígenos anfetamínicos (dietilpropiona, femproporex e mazindol). Ambos são utilizados no tratamento de pacientes obesos.

A presidente da ABESO, Rosana Radominski, informa que a entidade pretende defender o posicionamento contrário à retirada de tais medicamentos do mercado durante o encontro, em Brasília. 

“Acreditamos firmemente que os medicamentos antiobesidade são necessários, seguros quando bem indicados, e a sua suspensão representará um grande retrocesso no tratamento da obesidade no Brasil” – declarou a endocrinologista em comunicado oficial da ABESO  divulgado no último dia 16.

Riscos e Benefícios
Em seu site, a Anvisa defende que inibidores de apetite devem ser retirados do mercado no país devido “aos altos riscos à saúde que podem acarretar”. A indicação está baseada em estudos científicos e no parecer da Câmara Técnica de Medicamentos (Cateme) de 26 de outubro de 2010. No documento, o órgão recomenda o cancelamento dos fármacos por apresentarem riscos que superam seus benefícios.

Os especialistas da ABESO discordam. Para o Dr. Walmir Coutinho – ex-presidente da ABESO e da Federação Latino-americana de Sociedades de Obesidade -, que participou do Estudo SCOUT como um dos oitos membros do comitê diretor internacional, “em diversos estudos controlados, com placebo, a sibutramina se mostrou eficaz e segura para tratar pacientes obesos, logicamente sem histórico de doença cardiovascular”.

“Se a substância for proibida, os pacientes vão migrar para o mercado negro. A perda de peso com a sibutramina parece pequena, porém faz diferença na redução de riscos”, esclareceu à imprensa o endocrinologista Amélio de Godoy Matos, membro da Departamento de Síndrome Metabólica da ABESO.

A endocrinologista Cláudia Cozer, membro da atual diretoria da ABESO, concorda: “A grande maioria dos pacientes toma esses remédios com critério e com acompanhamento. Retirar do mercado é uma medida drástica”, aponta.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, em 2015, haverá 2,3 bilhões de pessoas com excesso de peso e 700 milhões de obesos no planeta.

Pesquisas internacionais apontam que, de 1980 a 2008, a obesidade quase dobrou no mundo, afetando hoje cerca de 205 milhões de homens (9,8%) e 297 milhões de mulheres (13,8%), ou seja, mais de meio bilhão de adultos acima de 20 anos.

Leia o posicionamento oficial da ABESO sobre a sibutramina , publicado em 16 de fevereiro de 2011

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