06 de março de 2013
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Retrato da mídia sobre a obesidade afetaria negativamente a percepção

Retrato da mídia sobre a obesidade afetaria negativamente a percepção
pública das pessoas que sofrem da doença, aponta estudo

Estudo realizado pela diretora de pesquisa do Yale Rudd Center for Food
Policy & Obesity, Rebecca Puhl, documentou o preconceito em relação a
pessoas obesas apresentados em vídeos transmitidos por redes de
televisão. A pesquisadora verificou que o retrato da mídia sobre a
obesidade afeta negativamente a percepção pública das pessoas que sofrem
da doença. Ela também gravou 80 videoclipes que retratam pessoas obesas
em uma abordagem mais positiva e colocou à disposição para que os canais
possam exibir gratuitamente. O documento contendo descobertas de Rebecca
foi publicado na edição de fevereiro do Journal of Health Communication.

“Os vídeos e imagens que acompanham as notícias sobre obesidade são
muitas vezes negativos e estereotipados”, alerta Rebecca. “Eu queria
quantificar isso e mostrar como é comum.”

A pesquisadora, que também já realizou uma pesquisa sobre
representações negativas de pessoas obesas em fotografias nos meios de
comunicação, analisou desta vez 370 vídeos de notícias nos sites de
grandes redes. Ela descobriu que as pessoas obesas foram retratadas
negativamente em 65% do tempo, e as crianças obesas foram retratados
negativamente em 77% do tempo. “Essas imagens negativas afetam a
percepção pública de pessoas obesas, causando um estigma de peso”,
acrescenta.

Segundo Rebecca, o material analisado dá ênfase em partes do corpo como
estômago ou nádegas, exploram pessoas comendo comer alimentos pouco
saudáveis, exibem obesos em comportamento sedentário e vestindo roupas
mal ajustadas.

A vice-presidente do Yale Rudd Center for Food Policy & Obesity,
Marline Schwartz, considera que o trabalho de Rebecca dá suporte
científico para uma abordagem positiva para as pessoas que se sintam
valorizadas e não julgadas. Para ela, cairia o mito de que explorar lado
negativo levaria as pessoas a mudanças no estilo de vida.

Rebecca Puhl pretende focar seus esforços fututos na investigação para
identificar de que forma a mídia poderia usar imagens menos
estigmatizantes de obesidade em sua cobertura jornalística. O Yale Rudd
Center for Food Policy & Obesity apresenta uma galeria de imagens
on-line para este fim.

A autora está otimista quanto ao uso de imagens mais positivas, uma vez
que sua pesquisa anterior foi recebida com entusiasmo pelos meios de
comunicação.

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