11 de dezembro de 2009
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Obesidade: Quem São os Responsáveis?

Obesidade: Quem São os Responsáveis?
Por Beth Santos

Em palestra proferida recentemente no 8º Simpósio Latino-Americano de Ciências de Alimentos, na Unicamp, SP, a professora Mary Schmidt, do Departamento de Nutrição e Ciência dos Alimentos da Universidade de Minnesota, EUA, afirmou que não há apenas um responsável pela epidemia mundial de obesidade, mas diversos: indústria alimentícia, políticas públicas, escolas, restaurantes, comunidades, os pais e também os próprios indivíduos.

Segundo a especialista, um quinto da população mundial apresenta excesso de peso, de acordo com estimativas. Dentro desse contingente, cerca de 300 milhões seriam considerados obesos. “É uma doença que está em todas as faixas etárias, grupos étnicos e classes sociais, atingindo tanto homens quanto mulheres”, comentou.

Entre os principais vilões da epidemia que está sendo chamada de globesidade (tradução de globesity, em inglês), ela citou a indústria e os comerciantes de alimentos, que estariam oferecendo os produtos em porções cada vez maiores. Segundo a professora Mary Schmidt, pacotes de salgadinhos, refrigerantes, caixas de cereais, hambúrgueres etc vem aumentando de tamanho nos EUA desde a década de 70.

Porções Exageradas
O mesmo acontece com as porções dos alimentos, nos restaurantes e especialmente nas redes de fast-food. Enquanto a porção recomendada de batatas fritas por pessoa é de seis unidades/palito por dia, nos EUA elas chegam a 500 gramas. Mary Schmidt comentou que países emergentes, como o Brasil, não estão livres do problema já que são, por exemplo, “os mercados mais promissores para a indústria de refrigerantes”.

A especialista norte-americana em nutrição prossegue dizendo que os governos têm sua parcela de participação na epidemia mundial de obesidade. Ela afirma que as políticas públicas ainda têm muito a avançar e sugere que sobretaxar alimentos menos saudáveis e estimular o consumo de vegetais poderiam ser boas idéias.

Uma parte da responsabilidade sobre a epidemia de obesidade fica, claro, com os próprios consumidores, como comentou Mary Schmidt. Melhorar a qualidade e a quantidade dos alimentos que consome é fundamental, além de adotar hábitos saudáveis, como praticar atividades físicas. Ela sugeriu que clubes, igrejas e outras associações também entrem nesta luta.

Pesquisas feitas pela especialista em nutrição sugerem, entre outras soluções, que fazer campanhas dirigidas às crianças é fundamental, por se tratar de público com alto poder de influência sobre os pais.

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