30 de julho de 2013
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Cura?

Desde que o bypass gástrico começou a ser utilizado como técnica cirúrgica para redução do estômago em obesos, os médicos têm se mostrado intrigados com o notável poder da cirurgia no tratamento da diabetes tipo 2. 

O fato é que muitos pacientes apresentam melhoras surpreendentes, como a interrupção de medicamentos que controlam o diabetes antes mesmo de terem perdido significativo peso ou antes de receberam alta do hospital.
 
Para entender melhor este mecanismo, pesquisadores do Hospital Infantil de Boston submeterem ratos que passaram por bypass gástrico a um scanner PET que controla o açúcar no corpo. No scanner, o intestino delgado dos ratos brilhou com a atividade de regulação. 
“O que descobrimos é que o intestino delgado vira um devorador de energia após o bypass gástrico”, disse o Dr. Nicholas Stylopoulos, pesquisador de obesidade infantil, que liderou o trabalho, publicado nesta quinta-feira, 25/7,  na revista Science. Segundo ele, o intestino usa tanta energia após o bypass gástrico porque ele é obrigado a trabalhar mais.
Os pesquisadores estudaram as mudanças biomoleculares no intestino após a cirurgia para tentar entender o que se passa no órgão no processo de regulação de açúcar no sangue. E encontraram, surpreendentemente, uma molécula que age como um transportador de glicose e açúcar no sangue e nas células – o que não é comum em intestinos de indivíduos adultos.
Compreender essas mudanças em detalhes estabelece as bases para a busca de terapias eficazes contra o diabetes. A ideia é desenvolver uma nova droga que seja capaz de acionar a geração desses potentes transportadores no intestino.
Dr. Stylopoulos alerta para o fato de que a descoberta, ainda inicial, não deve expandir a indicação de cirurgia, mas sim ajudar a refinar a busca de terapias menos invasivas e arriscadas que surtam os mesmos efeitos. Trabalho publicado no início deste ano, por exemplo, mostrou que o transplante de micróbios do intestino de um rato que recebeu cirurgia de bypass gástrico em outro rato ajuda a estimular a perda de peso.
Parece que o segredo da cura da diabetes após a cirurgia de bypass está mesmo no intestino, segundo Stylopoulos. O que ainda não está claro é se o mesmo vai ser constatado com seres humanos. Mas o próximo passo da equipe de Boston é repetir o estudo do PET em pacientes que se submeteram à cirurgia. 
Fonte: http://goo.gl/xTXR4U

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