01 de julho de 2020
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Atrasar demais a bariátrica colocaria pacientes em maior risco?

Especialistas de diversos países que participaram do The Diabetes Surgery Summit (DSS), liderados pelo professor Francesco Rubino, do King’s College London, na Inglaterra, criaram recomendações para identificar em meio à pandemia aqueles pacientes que precisariam passar pela cirurgia bariátrica com maior urgência, até para diminuir o risco de complicações da covid-19.

Em todo canto do mundo, a cirurgia bariátrica e metabólica foi suspensa durante a quarentena para deixar mais leitos disponíveis para os pacientes infectados pelo novo coronavírus, entre outros motivos.

No entanto, os especialistas dizem que, para muitos indivíduos com obesidade severa, aguardar tempo demais pela operação significaria uma grande ameaça — se, por acaso, contraírem o Sars CoV 2 ou nem isso, simplesmente porque já apresentam uma série de comorbidades relacionadas ao excesso de peso.

Os autores lembram ainda que o confinamento não favorece intervenções no estilo de vida, como a prática de exercícios físicos. E, portanto, o estado de saúde desses pacientes pode ter se agravado.

Eles afirmam que as cirurgias bariátricas são rotuladas de eletivas simplesmente porque podem ser marcadas com antecedência, mas que tratam problemas que merecem ainda maior urgência em tempos de covid-19.

De acordo com o documento, publicado na The Lancet diabetes & Endocrinology, devem passar pela cirurgia em um prazo máximo de 90 dias os pacientes que:

  1. correm grave risco de complicações do diabetes, incluindo a ameaça de infarto e de falência renal.
  2. têm diabetes tipo 2 que só consegue ficar sob controle com o uso de insulina. Ou que não conseguem domar a glicemia apesar de usarem várias medicações.
  3. são portadores de obesidade mórbida.
  4. já apresentam três ou mais comorbidades.
  5. precisam perder peso urgentemente para serem submetidos a outro tratamento do qual dependeria a sua sobrevivência, como um transplante.

E quem poderia esperar um pouco mais?

Segundo essas recomendações, poderiam aguardar um tempo maior apenas aqueles pacientes que não devem ter uma piora no quadro nos próximos seis meses. E, ainda assim, desde que sejam acompanhados de perto por uma equipe multiciplinar em todo o período de espera.

Em relação aos cuidados no pré-operatório, logicamente o exame de RT_PCR seria obrigatório para todos os candidatos à cirurgia.

Você pode ler a íntegra do artigo original clicando aqui.

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